segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Estabelecer conexões

"In Connectivism, learning envolves creating connections and developing a network. Is s a theory for the digital age drawing upon caos, emergent properties, and self organised learning"  (Steve Wheeler, 2013)

Steve Jobs falava em ligar os pontos, na experiência que a vida nos proporciona e naquilo que podemos encontrar, vislumbrar e concretizar com novas ideias e novas funcionalidades. O segredo da Apple foi muito essa "fome" criativa e essa "loucura" por ver e criar possibilidades. As ferramentas digitais proporcionam uma forma nova de "receber" o mundo, de construir uma linguagem e de nos exprimirmos. Esta nova realidade concebe em si um mundo novo em que cada um pode dar um contributo. É em certo sentido uma democratização das possibilidades individuais. Sendo a escola o espaço para a construção de uma identidade cultural e de uma preparação social importa levá-la a usar estas possibilidades.

Tendo mudado tanto as formulações do acesso à informação, ao desenho do conheciemnto servirão ainda as formas tradicionais? O conectivismo proposto por George Siemens apresenta-se como uma formulação que possibilite integrar o que as tecnologias de informação permitiram construir nos processos de aprendizagem. Tim O’Reilly, aquando do que se chamou a Web 2.0, definiu estas novas geografias, como os aplicativos, por onde uma participação individual, poderia redimensionar o que chamou uma inteligência colectiva. Vivemos uma profunda transformação tecnológica que afecta a vida de todos no sentido mais lato, pois influencia a sociedade, a economia, as relações sociais e também a educação. 

A porta que se nos abre para fazer das ferramentas digitais um instrumento cognitivo (Jonassen, 2007), para conseguir conduzir os alunos do pensamento elementar, ao conhecimento gerado e reorganizado, base de um conhecimento crítico imliplica numa nova idade digital a construção de tarefas que envolvam a memória, a  compreensão, a aplicação, a análise, a avaliação do que se aprendeu. Aprendizagem no sentido de uma transformação de capacidades. 

O digital promove estas possibilidades por uma integração sequencial de actividades, o ler, o pesquisar, o encontrar, o organizar, o criar, o escrever, o colaborar. Existem muitas ferramentas digitais capazes de dar este caminho a uma nova ideia de aprendizagem. Depende dos professores, mas depende ainda mais das gestões se ultrapassarem a linha da simples gestão para serem mecanismos de liderança pedagógica, o que como sabemos é raro.

Referências
Jonassen, D.H. (2007). Computadores, ferramentas cognitivas. Porto: Porto Editora.

Lepi, k. (2013)A Visual Guide To Teaching Students Digital Citizenship Skills, acessível em http://www.edudemic.com/teaching-students-digital-citizenship-skills/

Steve Wheeler, S. (2013). Learning theories for the digital age, acessível em http://steve-wheeler.blogspot.pt/2013/05/learning-theories-for-digital-age.html

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